(NRs 1, 6, 9 e 17) AS QUATRO PRIORIDADES
(NRs 1, 6, 9 e 17) AS QUATRO PRIORIDADES
A PIRÂMIDE E AS NRs
O
artigo abaixo, baseado em tradução do site OHS on line reavalia uma
antiga discussão: EPI ou EPC? NR-6 ou NR-9? O assunto envolve tambem
mais duas NRs: a NR-1, onde estão as diretrizes para os controles
administrativos, principalmente orientação e treinamento aos empregados e
a NR-17, que, ao lado da NR-9, trata da organização do trabalho e da
adaptação do trabalhador às suas tarefas, considerando os riscos
envolvidos.
A
figura deste post tenta uma síntese desse conceito e as principais NRs
envolvidas. No topo da pirâmide, a excelencia do controle de riscos nos
ambientes de trabalho, que trata da eliminação de um risco grave ou de
sua substituição por um risco com maior potencial de controle. Em
seguida, mais abaixo, as ações de engenharia e ergonomia destinadas a
minimizar os riscos, empregando tecnologia, criatividade e bom senso.
Nessas zonas da pirâmide, são as NRs 9 (PPRA) e a 17 (ERGONOMIA) a base
normativa dessas ações. Em seguida, na zona intermediária da pirâmide,
estão os controles administrativos, que envolvem basicamente informação e
treinamento dos trabalhadores, com regras localizadas principalmente na
NR-1 (DISPOSIÇÕES GERAIS). E na base da pirâmide, jaz, como última
alternativa, o EPI (NR-6).
Veja abaixo alguns trechos da tradução do artigo publicado no site OHS on line, vazado em linguagem bem informal:
AS 4 DEGRAUS PARA A PROTEÇÃO
- By Barry R. Weissman (OHS on line)
- Mar 01, 2013Trad.: Prof. Samuel Gueiros
Published with permission from Occupational Health & Safety magazine
www.ohsonline.com, an 1105 Media Inc. publication. (publicado com permissão).
Nós
temos o seguinte: José roda a máquina durante a manhã e João opera
durante a tarde. Nós não eliminamos o ruído da máquina mas cortamos a
exposição ao risco de ambos pela metade. Deu pra entender?
Digamos
que seja você o operador de uma grande máquina que produz um monte de
calor, fumaça, ruido e vibração. Você vai ligando e desligando a maquina
e periodicamente dá uma lida na calibração. A questão é, a qual risco
mesmo você está exposto?
A
resposta, sem dúvida, é CALOR, FUMAÇA, RUÍDO E VIBRAÇÃO. O que nós
precisamos fazer para proteger você de todos esses riscos? – riscos que
são similares aos quais seus empregados devem estar expostos durante os
dois turnos.
O PROBLEMA
Qual
a melhor forma para proteger seus empregados? Hmm, o que você você diz?
Fornecer EPI? Será que eu estou ouvindo vocês corretamente? Vamos fazer
aqui uma votação – quantos de vocês concordam que usando EPI é a melhor
maneira de proteger seus empregados? Vamos lá, não fiquem
constrangidos, levantem as mãos!
Ah!,
somente um pouco de vocês levantaram as mãos. E isso é interessante. O
que nós precisamos fazer agora é saber mesmo qual a melhor proteção para
os nossos trabalhadores.
HIERARQUIA DE CONTROLES
Hierarquia
de controles consiste nas diversas ações empreendidas para proteger
trabalhadores quando eles tem de trabalhar com riscos.
NÍVEL 1:
Se
estivemos aptos a substituir um material menos perigoso ou por um outro
que o elimine, nós teremos eliminado o risco. Por exemplo, em vez de
usar um solvente inflamável para limpeza, porque não usar um sabão ou
água para a limpeza e depois completá-la com jato de ar seco?
NIVEL 2
Nesta
fase nós ainda temos o risco porque nós não fomos capazes de substituir
nada ou eliminá-lo, mas agora nós queremos ver se poderemos aplicar
métodos de engenharia e ergonomia para eliminá-lo. Lembra-se daquela
máquina que produzia um monte de riscos? Nós precisamos proteger o
operador de todos esses riscos e nós podemos fazê-lo utilizando
controles de engenharia.
Podemos
conseguir isolá-los movendo os controles para o exterior da máquina e
colocando um filtro no topo da máquina de forma a coletar o calor e a
fumaça. Agora o operador está protegido contra calor, fumaça, ruído e
vibração. O operador também ter de ser protegido de riscos químicos
(monoxido de hidrogenio) que é utilizado nesse processo.
NÍVEL 3:
Controles
administrativos de práticas de trabalho não protegem trabalhadores de
riscos; entretanto, eles podem torná-los mais antenados sobre os
perigos. Treinamento é um dos procedimentos administrativos mais usados
neste estágio. O risco está ali, mas agora os empregados estão alertas
sobre o risco e sabem, por exemplo, que precisam de desligar a máquina
antes de tentarem arrumar e limpar o ambiente na esteira de produção.
Avisos e posters são exemplos de alertas utilizadas neste estágio.
Na área de trabalho nós podemos dividir o trabalho entre dois ou mais empregados – no ambiente são gerados mais de 90 decibéis.
José
e João, como dissemos no início, são ambos operadores. Em vez de
colocarmos os dois trabalhando juntos na máquina, o dia todo, nós
botamos o João prá rodar a máquina durante um turno e o José rodando no
segundo. Nós não reduzimos o ruído, mas conseguiremos reduzir a
exposição de ambos à metade.
NÍVEL 4:
Na
base da hierarquia de controles, resta o último nível – O EPI. Ele
representa o último nível, porque os empregados são responsaveis tambem
pela sua própria segurança. Eles precisam estar aptos a selecionar o EPI
correto, como usá-lo e sobretudo usá-lo de forma adequada.
A
avaliação de riscos é um procedimento formalizado que olha os riscos do
processo e como melhor proteger os trabalhadores quando eles estão
envolvidos no processo de trabalho. Um busca na Internet pode fornecer
diversos métodos para essa avaliação de riscos.
CONEXÕES COM AS NRs (Prof. Samuel Gueiros)
Vamos fazer uma conexão com a hierarquia do controle de riscos e as NRs. Para isso, veja mais uma vez a pirâmide:
NR-9 (PPRA)
O
primeiro passo é verificar quais as NRs que estão relacionadas ao topo
da pirâmide. Como se trata de eliminar ou substituir risco, o único
caminho é utilizar o que preceitua a NR-9: o item principal relaciona-se
ao que está prescrito nas MEDIDAS DE CONTROLE. Veja uma parte do texto e
leia a NR-9 por assunto no site NRFACIL:
Nesta NR já há uma alusão às medidas administrativas (item 9.3.5.3) relativamente ao treinamento e informação sobre riscos.
NR-17 (ERGONOMIA)
Em
seguida, na próxima zona da pirâmide, recomenda-se que o controle dos
riscos seja realizado por procedimentos de engenharia (NR-9, já
mencionado) mas tambem os relacionados à NR-17 (Ergonomia), visto que é
nesta NR onde há o registro sobre a ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. Sem o
tratamento adequado da organização do trabalho, nenhum controle de risco
poderá ser efetivo. leia a NR-17 por assunto no site NRFACIL.
NR-1 – DISPOSIÇÕES GERAIS
Antes
de chegarmos à base da pirâmide, observe as normas sobre os controles
administrativos a serem implementados pela empresas, dispostas na NR-1:
Pode-se
mencionar, ainda, as diretrizes da NR-5 (CIPA), relativamente à
participação dos trabalhadores no controle de riscos, cuja legitimidade
administrativa é inegável, embora a CIPA tenha um papel muito mais
informativo e de representatividade do que de autoridade.
NR-6 – EPI
E,
finalmente, na base da pirâmide, no último nível da hierarquia de
controles, resta o EPI. O mais importante a destacar nesse assunto é a
responsabilidade do empregador, visto que é ele a quem recai muitas
vezes o maior ônus pelos pelos acidentes de trabalho. O principal
aspecto é a informação e o treinamento dos empregados. Leia abaixo as
principais responsabilidades do empregador quanto ao EPI (leia a NR-6
por assunto no NRFACIL):
Bom
proveito a todos. Achamos que o assunto é complexo e porisso aguardamos
os comentários dos nossos leitores. Participe e dê a sua opinião.
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