terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

AIDS

AIDS

A aids é uma doença emergente, que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, emfunção do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. Entre 1980, ano do primeiro caso de aids identificado no Brasil, e junho de 2006, foram identificados 433.067 casos no país. Houve crescimento acelerado no número de casos até o ano de 1998, e a partir deste ano verifica-se uma desaceleração. Nos últimos anos, 2002 a 2005, foram identificados, em média, 35.000casos/ano, com taxa média de incidência de 19,4 por100 mil habitantes. Estima-se que cerca de 600 mil pessoas, entre 15 e 49 anos de idade, vivam com HIV/AIDS no país.Os infectados pelo HIV evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das principais células-alvo do vírus. A contagem de linfócitos T CD4 + é um importante marcador dessaimunodeficiência, sendo utilizada tanto na avaliação do tratamento e do prognóstico, quanto em uma dasdefinições de caso de aids, com fim epidemiológico.

A história natural dessa infecção vem sendo alterada,consideravelmente, pela terapia anti-retroviral (ARV) que retarda a evolução da infecção, até o seu estádiofinal, em que surgem as manifestações definidoras deaids. Juntamente com as campanhas de prevenção, os ARV parecem estar contribuindo para a estabilizaçãodo progresso desta epidemia no Brasil, refletindo-se na redução da incidência de aids, e na redução em cerca de 50% da taxa de letalidade, nos últimos anos.

A transmissão vertical, uma das prioridades do Programa de Prevenção do HIV/Aids, também vem sendo reduzida, com a instituição do tratamento/profilaxia da gestante/parturiente/nutriz e/ou concepto.Sinonímia - Sida, aids, doença causada pelo HIV, síndrome da imunodeficiência adquirida.Agente etiológico - É um retrovírus (RNA) denominadoVírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que apresenta 2 tipos conhecidos: o HIV-1, predominanteno Brasil, e o HIV-2.

O que é aids?

A aids é uma doença que se manifesta após a infecçãodo organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV. Esta sigla é proveniente do inglês - Human Immunodeficiency Virus. Também do inglês deriva a sigla AIDS, Acquired Immune Deficiency Syndrome, que em português quer dizer Síndrome da ImunodeficiênciaAdquirida.

Síndrome

Grupo de sinais e sintomas que, uma vez consideradosem conjunto, caracterizam uma doença.

Imunodeficiência

Inabilidade do sistema de defesa do organismo humanopara se proteger contra microorganismos invasores, tais como: vírus, bactérias, protozoários, etc.

Adquirida

Não é congênita como no caso de outras imunodeficiências. A aids não é causada espontaneamente, mas por um fator externo (a infecção pelo HIV). O HIV destrói oslinfócitos - células responsáveis pela defesa do nossoorganismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim porsurgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido. Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids já pode ser consideradauma doença crônica. Isto significa que uma pessoainfectada pelo HIV pode viver com o vírus, por umlongo período, sem apresentar nenhum sintoma ousinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida aolongo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.

O que é HIV?

O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como HIV (sigla originada do inglês: Human ImmunodeficiencyVirus), é um vírus pertencente à classe dos retrovírus ecausador da aids. Ao entrar no organismo humano, essevírus pode ficar silencioso e incubado por muitos anos. Esta fase denomina-se assintomática e relaciona-se aoquadro em que uma pessoa infectada não apresenta nenhum sintoma ou sinal da doença. O período entrea infecção pelo HIV e a manifestação dos primeiros sintomas da aids irá depender, principalmente, do estado de saúde da pessoa.O HIV age no interior das células do sistema imunológico,responsável pela defesa do corpo. Ao entrar na célula, o HIV passa a fazer parte de seu código genético. As células do sistema imunológico mais atingidas pelo vírus são os linfócitos CD4+, usados pelo HIV para fazer cópias de si mesmo.

As células do sistema imunológico de uma pessoainfectada pelo vírus começam a funcionar com menos eficiência e, com o tempo, a habilidade do organismo em combater doenças comuns diminui,deixando a pessoa sujeita ao aparecimento de váriostipos de doenças e infecções.

A produção desses vírus e sua destruição no nossosistema imunológico podem ser comparadas ao movimento da água que sai de uma torneira emdireção ao ralo de uma pia. A quantidade de água que resta na pia é o resultado da guerra que é travada entre o sistema imunológico e os vírus do HIV.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Significa que, no sangue, foram detectados anticorposcontra o vírus. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir aos outros o vírusque trazem consigo.

Quais os sintomas?

A aids não se manifesta da mesma forma em todasas pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. São eles: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer. Com a progressão da doença e com o comprometimentodo sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase einfecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por exemplo).

Como se transmite?

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno.

Assim pega:

Sexo vaginal sem camisinha;sexo anal sem camisinha;sexo oral sem camisinha;uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa;transfusão de sangue contaminado;mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação;instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Assim não pega:

Sexo, desde que se use corretamente a camisinha;masturbação a dois;beijo no rosto ou na boca;suor e lágrima;picada de inseto;aperto de mão ou abraço;talheres / copos;assento de ônibus;piscina, banheiros, pelo ar;doação de sangue;sabonete / toalha / lençóis.

Como tratar?

A partir de 1996, com a distribuição universal dos medicamentos anti-retrovirais, ou seja, a distribuição gratuita para todos os indivíduos que necessitam dotratamento de aids, houve um aumento na sobrevida e uma melhora na qualidade de vida das pessoas vivendo com o HIV.

Segundo dados de outubro de 2007, cerca de 180 mil pessoas têm recebido tratamento de aids fornecido pelo Ministério da Saúde e distribuído na rede pública.Desde o surgimento da aids, o constante desenvolvimento de novos medicamentos vem prolongando significativamente a vida dos portadores do HIV ao dificultar a multiplicaçãodo vírus. Os medicamentos adiam o início dos sintomas da doença, diminuindo o ritmo da redução das células deproteção do sistema imunológico. Mas, ainda assim, nãoconseguem eliminar o HIV do organismo.

Como se prevenir?

Ações de Prevenção

As ações de prevenção têm origem na análise detendências das epidemias e na identificação daspopulações mais vulneráveis.

No caso das DST/aids, as ações de prevenção estãobaseadas nos seguintes parâmetros:
• O uso consistente da camisinha é o meio mais segurode se prevenir contra o HIV/aids e contra outras doenças sexualmente transmissíveis;
• Seringas e agulhas não devem ser compartilhadas;
• Toda gestante deve ser orientada a fazer o teste do vírus da aids (o HIV) e, em caso de resultado positivo, ser orientada sobre os seus direitos e os de sua criança,sobre a importância de receber os cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde, antes, durante e após o parto, para controlar a doença e prevenir a transmissão do HIVpara o seu filho (para mais informações ver item Pré-Natal);

Todo cidadão tem direito ao acesso gratuito aos anti-retrovirais. A boa adesão ao tratamento é condição indispensável para o controle da doença, com efeitos positivos diretos na vida da pessoa com HIV/aids.

Uso da camisinha

Diversos estudos confirmam a eficiência do preservativo na prevenção da aids e de outras doenças sexualmentetransmissíveis. Em um estudo realizado recentementena Universidade de Wisconsin (EUA), demonstrou-se que o correto e sistemático uso de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma eficácia estimada em 90-95% na prevenção da transmissão doHIV. Os autores desse estudo sugerem uma relação linear entre a freqüência do uso de preservativos e a redução dorisco de transmissão, ou seja, quanto mais se usa a camisinha menor é o risco de contrair o HIV.

Pré-Natal

Toda mulher grávida deve fazer o teste da aids. Esse exame é especialmente importante durante os meses de gestação, pois, em caso positivo para infecção da mãe, ela poderá receber um tratamento adequado e, na hora do parto, evitar a transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV. Se forem tomados todos os cuidados devidos,esse risco pode ser reduzido em até 67%.

A prevenção de uma transmissão vertical é feita pela mãe, sob orientação médica sempre, por meio do usodo AZT durante a gravidez e no momento do parto. O recém nascido também deve fazer uso desse mesmo medicamento por um período de 06 semanas.

A transmissão do HIV também pode acontecer durantea amamentação, através do leite materno. Portanto,o leite da mãe deve ser substituído por leite artificialou leite humano processado em bancos de leite que fazem aconselhamento e triagem das doadoras.

Uso de seringas descartáveis

O risco de um usuário de droga injetável (UDI) infectar-se pelo HIV, ou por qualquer outro agente dedoença, está atrelado à forma como a droga é utilizada: se houver compartilhamento de seringas e agulhas, esse risco é elevado.

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